Um sem número de conteúdos tem sido produzidos e difundidos sobre LIDERANÇA.
Ao ler à respeito, mais que os conceitos, busco entender a perspectiva adotada. Frequentemente, líder e liderança são considerados sinônimos, vistos como papel ou posição.
Diante da abundância de substantivos e adjetivos apresentados, adquiri o hábito (já instintivo e, a mim, instigador) de olhar para o verbo no infinitivo, a ação origem, o princípio, que ressalta a essência do serviço latente: liderar. Proponho refletirmos à luz das linhas do desenvolvimento regenerativo.
Desenvolvimento de si: O liderar no âmbito pessoal, compreendido como o exercício de se reconhecer e responder com o seu melhor: com responsabilidade. O liderar como disposição interna, intencional e ininterrupta de fazer melhores escolhas, cuidar de si, e aprender continuamente. O respeito e a consciência da relação consigo em relação ao meio. Valorizar-se é semente de valorização da vida, das pessoas e do ambiente. Fundamentalmente: Viver valor!
Desenvolvimento das relações: Ao liderar interpessoal, referencio Dee Hock, autor de “O Nascimento da Era Caórdica” – 1999, que contrapunha o comportamento induzido frequentemente encontrado (induzir: persuadir, influenciar), enfatizando o comportamento eduzido, que entendia ser o liderar genuíno (eduzir: trazer ou extrair, revelar algo já presente em forma latente, não desenvolvido). Neste sentido, a liderança é uma escolha, tanto das pessoas que servem impulsionando o desenvolvimento, como daquelas que contribuem para a realização do propósito comum. Esta consciência compõe comunidades e ambientes mais resilientes, baseados em confiança e colaboração. Eis onde a liderança emerge: nas relações. Fundamentalmente: Prover valor!
Desenvolvimento do todo: Na prática, ao emergir nas relações e atuar a serviço do desenvolvimento, a liderança herda o caráter infinitivo do liderar, expressando-se em jornadas integradas de desenvolvimento e engajamento. Assim, cresce em potencial à medida que cria capacidades, individuais e coletivas, aptas à geração de novas capacidades, regenerativas e conscientes dos impactos das escolhas, relações e ações no todo maior, âmbito transpessoal. Fundamentalmente: Gerar valor!
A disposição revela o líder, e sua participação no desenvolvimento com significado – integral, continuo e ativo, compõe lideranças transformadoras, como vimos: Responsável – capacidade de responder com integralidade e presença a estímulos intelectuais e emocionais, internos e externos: Viver valor; Resiliente – capacidade de servir de forma ágil e orgânica a estímulos físicos e do ambiente: Prover valor; Regenerativa – capacidade de interconectar-se e atuar pela paz e o bem comum, desta e de novas gerações: Gerar Valor. Aguardo seu contato! Vamos desenvolver lideranças transformadoras juntos!
Hânia Ribeiro